sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Ele Na Comissão Dos Direitos Humanos ?

Daiene Cardoso - O Estado de S. Paulo


Brasília - O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) conta com a possibilidade da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara "cair no colo" de seu partido e ele suceder o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) no comando do grupo de trabalho. "O PT vai ter de rebolar para tirar essa comissão de mim se ela cair no colo do PP", provocou.


Bolsonaro diz ter o amplo apoio de seu partido para indicá-lo à presidência da comissão e o respaldo da bancada evangélica, esta interessada em manter o domínio sobre a pauta do grupo. "Vou compor com o Feliciano", avisou. Para o deputado, o controle da comissão pode dar ao PP a mesma "visibilidade" que o PSC ganhou com a turbulenta gestão do pastor.


A cúpula do PT na Câmara chegou à conclusão de que o partido deve retomar o controle da comissão este ano. "Tenho uma preocupação com Direitos Humanos. Não gostaria que acontecesse (este ano) o que aconteceu no ano passado", afirmou no início da semana Vicentinho (SP), novo líder do partido na Casa, durante a primeira reunião da bancada comandada por ele. O PT tem direito a escolher a presidência de três comissões e a prioridade absoluta para os petistas é a de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante do Parlamento.


Após tomar conhecimento do interesse de Bolsonaro pela comissão, a preocupação dos petistas e dos deputados que atuam na área aumentou mais. "Então já atingi meu objetivo: desgastar o PT", ironizou o parlamentar do PP.


Ele admite que o foco do seu partido é conseguir o controle da Comissão de Minas e Energia, mas acredita que há chances da sigla presidir Direitos Humanos. Se isso acontecer, Bolsonaro diz que colocará em discussão temas como a redução da maioridade penal e a redução da idade para que mulheres possam se submeter à cirurgia de laqueadura. "Vou apertar o pé no acelerador", disse.

Vem Ou Não Vem Pra Cadeia ?

Ampliada às 9h - Jamil Chade, enviado especial


MODENA - O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato pode pegar até três anos de prisão por falsidade ideológica na Itália. A informação é da polícia italiana que, nesta quinta-feira, 6, confirmou que o brasileiro havia tomado uma série de medidas de precaução para não ser descoberto. Além de 15 mil euros em dinheiro, Pizzolato mantinha uma "grande quantidade de comida".


Segundo a polícia, a Justiça brasileira terá 40 dias agora para pedir a extradição e caberá a um procurador de Bolonha tomar a decisão. Pizzolato já contratou um advogado em Modena e a Justiça admite que o caso pode levar "meses" para chegar a uma decisão. Um processo já foi aberto contra Pizzolato na Itália por falsidade ideológica.


Ao ser abordado pela polícia na casa onde estava em Maranello, Pizzolato apresentou o passaporte do seu irmão, Celso, morto em um acidente de carro em 1978. Segundo a polícia, o ex-diretor havia falsificado o documento do irmão em 2008. Naquele ano ele fez um passaporte brasileiro falso em nome de Celso e, em 2010, emitiu um passaporte italiano da mesma forma.


Pizzolato está detido em uma penitenciária de Modena. Ele vai aguardar um acordo entre o governo brasileiro e italiano. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que será solicitada a extradição do ex-diretor, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por envolvimento no mensalão.